Resenha - A menina que roubava livros

         
      É um dos livros que jugo, sábio e divino já lido e visto na minha vida. O começo do livro, confesso, é um pouco maçante... Mas a partir do momento em que a história começa a criar vida se torna simplesmente deslumbrante. Terminei querendo que não acabasse, pois ele já havia conquistado um lugarzinho especial no meu criado-mudo e eu tinha que ler, nem que fosse uma folha, por dia, assim como um preceito diário. Pois é, não lhe dei muito valor no início, mas quando vai chegando no meio do livro a estória nos absorve de uma tal maneira que não sei se tenho palavras para expressar. A morte narra de uma forma tão poética, que no decorrer da leitura algumas vezes bateu o desejo de se entregar a ela, por tão bem elaborada essa narrativa retratando a morte de uma forma tão doce, tão mágica, tão envolvente. E o que é interessante, não sei se quem leu o livro teve a mesma sensação, mas, o fato dessa estória ser narrada pela morte, me fez vê-la como algo assim natural, uma consequência da vida. Ah, as palavras, as palavras, essas nos dizem tanto, nos fazem dizer tanto para o bem, como para o mal, são poderosas, e como são, se não soubermos usá-las, magoamos e nos magoamos , podemos ser alguém, como ninguém, mas uma coisa agora eu sei, é preciso saber usá-las. Os dois últimos capítulos me arrancaram lágrimas, revolta e amor. Terminei o livro emocionadíssima e fiquei abraçada a ele por um bom tempo olhando para o céu, estava pintado de um azul celeste com pequenos borrões de nuvens.

Samara Santos

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