O soluço que não soluça, maltrata. Andou chovendo lá fora, o dia fez o que eu ainda não consegui fazer, soluçou até vazar. É o vento que entrou pela janela e não conseguiu sair e fez tempestade dentro da casa. É a rosa que não desabrochou e virou folha seca por está tão apertada. Eu queria conseguir derramar um oceano inteiro essa noite, ou meio copo d’água, não importa, só queria conseguir esvaziar. Extirpar de alguma forma tudo isso. Essa dor que não sangra, embora lateje louca nas manhãs de chuva.
Samara Santos
Samara Santos
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