25.02.1996



Dezesseis anos sem aquele gosto de morangos mofados, sem pedras de Calcutá, dezesseis anos que ninguém procura mais por Dulce Veiga. Dezesseis anos sem Caio Fernando Loureiro de Abreu, ou Loureiro, como gosto de chamá-lo. Descobri sua escrita por acaso há uns cinco anos atrás, e fiquei encantada com suas palavras, parecia que aquele cara franzino e estranho me conhecia de algum lugar e estava a falar de mim ali, tamanho era a afinidade de sentimentos, e tenho certeza que é assim com a grande maioria que se descobre, ou se redescobre nos textos de Loureiro. E então passei a me descobrir todos os dias seguintes, li alguns de seus livros, li milhares de contos e confesso que tenho uma paixão quase que doentia por suas cartas, às que ele escrevia para os amigos, familiares e anônimos. É lindo vê alguém doar palavras carinhosas para outra pessoa, eu particularmente fico imaginando como seria uma carta, dele para mim. Tenho certeza de que ele falaria de rosas, muitas rosas, iria ter rosas no começo, no meio e no fim da carta, e juntamente com a carta me mandaria também um buquê de rosas, sim, um buquê, porque ele saberia que eu nunca havia ganhado rosas. Não é triste meus senhores? Eu, uma amante das rosas, jamais ganhei alguma. E ele acharia bonito, mas como em um conto dele lido há um tempo atrás, ''as coisas bonitas já não acontecem mais''. E deixo aqui, toda a minha admiração pela escrita do Loureiro, todo o meu carinho e toda a minha saudade de sempre, te abraço forte e te beijo.

Quero ganhar um desses livros de presente de aniversário! *-*

Samara Santos



3 comentários

  1. Nunca cheguei a ler morangos mofados, mas respeito de mais o Caio. Pelo que vi a escrita dele é linda.

    ResponderExcluir
  2. MUITO BOM SEU BLOG!
    LINDAS PALAVRAS!
    GOSTEI!

    ResponderExcluir
  3. Amooooooo esse cara

    Tô seguindooo
    ♥ღ Mulheres Que Amam Errado ♥ღ
    http://mulheresqueamamerrado.blogspot.com

    Segue de volta?

    ResponderExcluir