Quebrando regras.


Sentia-se terrivelmente vazia, embriagada demais para saber as coordenadas de seu corpo, embriagada demais para sentir qualquer coisa, anestesiada de sentimentos, ou pelo menos era o que pensava, porque embora não tivesse controle algum sobre seu corpo, sua cabeça estava a mil, pensamentos aleatórios, hora sobre a vida, sobre ela, sobre algumas pessoas, sobre coisas, hora sobre nada... Pensava que poderia está em qualquer outro lugar com alguma outra pessoa, fazendo qualquer outra coisa. Mas ela estava exatamente onde deveria estar. Sozinha em meio a garrafas, cigarros, isqueiros e copos... Ironicamente sorria em meio ao ridículo, com a mão no peito em busca de alguma dor, mas não, não havia mais nada ali.
                                                                  Samara Santos

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