Parou para ver o mundo lá fora, tentou observar as pequenas coisas que aconteciam ali, além daquela janela, e sentiu saudade, uma grande e dolorosa saudade do tempo em que vivia além da janela, e tentou buscar no mais longe da memória as mais lindas lembranças, quando ainda conseguia olhar nos olhos de outras pessoas e sorrir, quando tocar o outro era bom, quando o cheiro do outro era bom, quando tudo ainda era verde e flores brotavam de seus pés descalços, porque é assim que recorda, dos pés descalços, do cabelo solto e do sorriso no rosto, e das pessoas, principalmente das pessoas. Mas agora por trás desse vidro todo, tudo é muito vazio e silencioso, a única companhia que tem é a si mesma, não sabe ao certo quando e como foi parar ali, foi tudo muito rápido... Pessoas, lágrimas, escolhas e por fim a janela.
Samara Santos
Primeiramente, o seu blog tem um impacto visual impecável! Parabéns!
ResponderExcluirGostei do texto, acredito que a escolha dos adjetivos colaborou para esse sentimento "agridoce" das lembranças.
Continue escrevendo, se der me visite.