Assustada comigo mesma, estou tranqüila beirando leviana.
Abro os olhos ainda devagar para ver os feches de sol que invadem os espaços minúsculos
existentes nas telhas do meu quarto, do meu mundo. Hoje, resolvi tirar aquela
armadura de carne e osso que carrego comigo a tanto tempo e desnudar um pouco a
alma, deixo que a vejam, mas não se assustem com as cicatrizes que possivelmente
irão vê, é uma maneira que ela encontrou para dizer: _Eu sobrevivi. E vou
andando devagar, sem pressa de chegar a lugar nenhum, resolvi deixar o destino
agir sem que eu interfira com meus óculos escuros e meus fones de ouvidos,
quando queria fugir para dentro de mim, lá era quente e aconchegante, acredite!
Não existe lugar mais acolhedor do que dentro de você. Mais venho sentindo uma
vontade doida de sair, respirar um pouco de sujeira, esse cheiro de vida, e digo
isso com um brilho ardente nos olhos e água na boca, é fome de vida! É sede de
ser o que eu sou, quando não estou escondida dentro do que finjo ser e todo
mundo acredita. Até eu mesma. É assustador, repito. Mas hoje, só por hoje sinto
borboletas no estomago e aqueles calafrios que só acontecem quando estamos
apaixonados, só não poderia imaginar que seria por mim. Hoje eu me amo, não sei
se amanhã estarei a me amar também, mas como já diria a canção. “Deixa que o
futuro fica pra depois.’’
Samara Santos.
Eu sempre gosto das tuas palavras.
ResponderExcluirGosto de todas"
Bjws"
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