Deixou-se mergulhar fundo naquilo que acreditava ser apenas mais um de seus mares, porque sabia que sendo o que se era e sentindo o que sentia, tinha que cair sem olhar para trás, completa, pulou. Restando apenas o frio, o escuro, o silêncio e a cor pálida de sua pele, por alguns segundos deixou-se ir, experimentando aquele gosto insosso de vida e morte, mas já no auge de seu quase desfalecer, das profundezas de sí mesma, deixou-se submergir, para só então existir de fato.
Samara Santos
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