Durmo
demais sempre, tomo café demais idem. Nada novo de novo -isso é medonho -, a
casa continua vazia, triste pensar que talvez eu também esteja – “ talvez” também
é medonho -, nada flui, nada acontece, nada é lema. É triste cozinhar para uma
só pessoa, não ter a quem contar o seu silêncio, ou mesmo brigar ainda que por
futilidades. Também tenho precisado me impor uma disciplina rígida, orar. Aí
quem sabe, me aconteça alguma coisa assim bonita, de repente, de vagar,
mansinha, no meio de toda essa solidão.
Samara Santos
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